Quais os tipos de fixações utilizadas no modal ferroviário?

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Uma das tarefas mais importantes na construção ou manutenção de um modal ou via permanente ferroviária é a fixação dos trilhos e dormentes, que pode ser realizada de forma rígida ou elástica.

FIXAÇÃO RÍGIDA DO MODAL FERROVIÁRIO

A fixação rígida é a mais antiga e ainda muito usual, na qual são usados pregos e parafusos para fixar o trilho e os dormentes, mas que não absorvem os diferentes níveis de impacto e vibração decorrentes de um trem estar passando ou não, ou ainda de sua diferente carga, ou peso transportado.

Sua desvantagem, portanto, é que não possui capacidade para combater o movimento longitudinal dos trilhos, favorecendo flambagens e outros de desalinhamento da via.

As duas principais formas de fixação rígida da via permanente ferroviária são os Pregos e Parafusos:

1 – Pregos de Linha: Normalmente com cabeça ou seção retangular e terminal em cunha, são fixados mediante marretadas e inseridos entre os trilhos, placas de apoio e dormentes.

Sua principal vantagem é o baixo custo em relação a outras alternativas de fixação. Mas devido à sua baixa capacidade de resistência às variações de tráfego, e à tendência de se soltar ao longo do tempo, no Brasil tem seu uso limitado às vias secundárias.

2 – Parafuso ou Tirefond: Normalmente de cabeça quadrada e rosca soberba, são fixados mediante aperto mecânico e inserido entre os trilhos, placas de apoio e dormentes.

Suas principais vantagens são o custo relativamente baixo e a capacidade de se fixar melhor que o prego, dificultando mais a infiltração de água e a soltura do parafuso

FIXAÇÃO ELÁSTICA DO MODAL FERROVIÁRIO

A fixação elástica é a mais recomendada atualmente, e consiste na inserção do elemento “elástico” para fixação dos trilhos e dormentes, absorvendo os diferentes tipos de impacto aos quais a via é submetida, melhorando seu uso, manutenção e durabilidade por meio da maior flexibilidade no processo de fixação.

Na fixação elástica, é exercida uma pressão constante no patim do trilho, acarretando numa união mais eficiente entre o trilho e o dormente.

Sua desvantagem é o custo maior em relação a formas fixas de fixação, bem como a exigência de melhores materiais, equipamentos e equipes, além de poder demandar maior prazo em sua instalação.

As formas de fixação elástica do modal ferroviário mais usados no Brasil são a deenik, pandrol, vosloh, RN e fast clip

  1. Deenik: são acrescentados elementos em formato de “grampos” ou “braçadeiras”, que eliminam a necessidade de pregos ou parafusos e atribuem maior elasticidade e capacidade de absorver deformações, maior facilidade para troca e vida útil mais longa

  2. Pandrol: são grampos elásticos ou ou braçadeiras de aço mola, inseridas no furo das placas de suporte. Utiliza poucos itens para instalação, elevada vida útil e ótima capacidade de adaptação às variações da via. Mas não é tão fácil para manutenção e substituição

  3. Vosloh: ideal para vias de maior tráfego e peso, consiste no uso de grampos ou braçadeiras aparafusadas. Embora possa ser instalado sem o uso de equipamentos especiais, recomenda-se o seu uso para que as diferentes fixações sofram o mesmo nível de instalação. Garante ótima resistência e flexibilidade à via.

  4. RN: adequada à dormentes de concreto. Consiste no uso de uma placa de aço perfilada para realizar a fixação parafusando o grampo com uma arruela e porca. São simples e fáceis de instalação, mas possuem vida útil mais curta

  5. Fast clip: é um conjunto de fixação pré-moldado, que já vem pronto para ser regulado e instalado rapidamente, sendo esta uma de suas principais vantagens. É mais indicado em obras urgentes e para as seções retas das vias, uma vez que costuma apresentar mais quebras e manutenção nas curvas

Seja na construção ou na manutenção das vias permanentes ferroviárias, é vital que o método de fixação seja devidamente selecionado, instalado e revisado, o que exige um bom nível de conhecimento que considere inclusive os custos e prazos de manutenção e as condições de uso (tráfego, peso, etc.).

Por isto existem os segmentos de Construção e Manutenção Ferroviária, com equipes, processos e máquinas/ferramentas adequadas para cada caso.

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